
Por que Daniel não foi jogado na fornalha de fogo ardente com seus amigos, afinal, não estavam juntos (Dn 3.1-30)? |
Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;2co:10:5
Por que Daniel não foi jogado na fornalha de fogo ardente com seus amigos, afinal, não estavam juntos (Dn 3.1-30)? |
"A pessoa de mente aberta está isenta dos laços do preconceito, que certo dicionário define como: 'Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida . . . julgamento ou opinião formada sem levar em conta o fato que os conteste; prejuízo.'
Faz parte necessariamente da vida fazer decisões e formular juízos. Mas as decisões feitas 'sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos' e juízos formulados de forma 'preconcebida . . . sem levar em conta o fato que os conteste' são evidências duma mente fechada.
Ter mente aberta, por outro lado, significa ser receptivo a novas informações e idéias. Significa dispor-se a examinar e avaliar informações sem atitude preconceituosa. Por reter o que vale a pena e rejeitar o que não vale, podemos chegar a conclusões definitivas numa base sólida, e ainda deixar nossa mente aberta para posterior revisão, caso dados adicionais se tornem disponíveis no futuro. Quem pensa já ter aprendido tudo pode estar certo de que tal atitude o impedirá de aprender mais."
(...) "A mente fechada talvez revele falta de interesse no assunto, ou relutância em examinar a questão. Com efeito, poderia ser até sinal de incerteza ou de dúvida. Para exemplificar, se não pudermos defender nossos conceitos religiosos, talvez verifiquemos que atacamos implacavelmente os que questionam nossas crenças, não com argumentos lógicos, mas com termos depreciativos ou com insinuações. Isto sabe a preconceito e a uma mente fechada."
O exercício da história das religiões tem sido sempre comparativo. Em tempos antigos, já desde Heródoto, os gregos observaram os curiosos costumes e tradições dos outros povos(os egípcios, persas, judeus) para a posição de si. Plutarco, no primeiro século de nossa era, nos deu uma série de obras que poderiam ser chamados mitologia comparativa. Posteriormente, os Padres da Igreja, que irão comparar as diferentes religiões (e para forjar o conceito de paganismo) para explicar o surgimento e a superioridade do cristianismo. Trata-se dos conceitos descritos neste quadro feito pelos Padres da Igreja (por exemplo, Daylight, imitação ou mal), que servirá para explicar, após a descoberta do novo mundo, o estranho hábito destes índios se reunirem aí e que se assemelham aos dos pagãos antes do cristianismo. A comparação será, então, jogada em três níveis: o Velho, e os selvagens. Assim, a "História apologética" do dominicano Bartolomeu de las Casas (século XVI) e "As formas hábitos silvestres dos americanos, em comparação com os primeiros dias", do jesuíta Joseph François Lafitau (século XVIII). Estamos ainda em uma apologética. A história das religiões está crescendo a partir do lado do cristianismo em relação a outras religiões.
No século XIX, no final do processo lançado pela deconfessionalização dos filósofos do Iluminismo, a história da religião vai lentamente se tornar uma verdadeira disciplina científica, livre do jugo da religião, justamente, a fim de melhorar seu objeto de estudo. A história das religiões é diferente, em primeiro lugar, das disciplinas teológicas, mesmo que cresça também uma profunda revisão das suas tradições. Será marcada pela Estudos Orientais, questões, incluindo a descoberta do sânscrito, crítica bíblica (Ernest Renan), mas também e sobretudo pela antropologia anglo-saxônica (Robertson Smith, Edward Tylor, James George Frazer) e da escola sociológica francesa (Emile Durkheim, Marcel Mauss, Henri Hubert).
No século XX, a história das religiões será influenciada por abordagens psicológicas (Sigmund Freud, Carl Gustav Jung, Karol Kérény), fenomenológica (Rudolf Otto, Mircea Eliade), ou a figura da mitologia comparativa (Georges Dumezil) ou em antropologia social (Claude Lévi-Strauss).
Hoje em dia, muitas associações e organizações incluem especialistas em diferentes campos da história das religiões. Diferentes abordagens, a partir de uma escola para outra ainda são praticadas, mas o exercício da comparação e perspectiva histórico-antropológica são mais frequentemente requeridas.